Uma mulher do Zimbabue
Não gosto muito de televisão. Na verdade queria fazer um acordo com o Plínio de colocar as 2 tvs da nossa casa guardada dentro do maleiro. Eu preferiria até mesmo doá-las para alguém mas daí acho ainda mais difícil convence-lo. Guardadas parece oferecer mais segurança. Essa batalha ainda nem tem data pra ter um final feliz. Então me resta assistir de vez em quando. Daí ontem eu estava assistindo um programa contando as lutas e dificuldades que mulheres em vários países do mundo, principalmente da África ainda enfrentam. Fiquei emocionada com uma mulher do Zimbabue que morava numa espécie de tribo e que aos 18 anos já tinha 3 filhos de um marido que escolheram para ela e que a espancava praticamente todos os dias. Certa vez apareceu nessa tribo uma americana de uma ONG e numa conversa com as mulheres do lugar perguntou a ela qual era seu sonho. Ela então respondeu que era mudar para os EUA, fazer faculdade, mestrado e doutorado. A americana então disse que ela deveria escrever esses sonhos no seu coração e que eles iriam se realizar se ela acreditasse. A mãe da mulher porém mandou-a escrever em um papel, enterrar e colocar uma pedra em cima que daria certo. Apesar de ser praticamente analfabeta, já que onde ela morava somente os homens têm direito de estudar, ela realmente conseguiu o que queria e ainda mais. Mudou-se para os EUA, teve mais 2 filhos com o tal algoz que mais tarde morreu de Aids. Então ela fez faculdade em agronomia, mestrado e está terminando o doutorado esse ano. A cada conquista ela vai lá, desenterra o papel e risca o que já conseguiu. Achei o máximo. Um esforço tão grande que é mesmo merecedor que o mundo todo admire.
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